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Foto do escritorIolanda Pinto

Primeiro encontro com a Ásia (parte 1)

Atualizado: 8 de dez. de 2020

A 4 de Julho de 2016 embarquei na minha primeira viagem sozinha para o Continente Asiático, mais concretamente para a Tailândia, com uma longa escala no Dubai.

Saí do trabalho, fui de táxi buscar a bagagem a casa e lá fui eu para o aeroporto, para o que seriam 11 dias de viagem, foram 12 horas diurnas no Dubai e o restante tempo na Tailândia, dividida entre Bangkok e Chiang Mai.


Cheguei ao Dubai na manhã do dia 5 de Julho e aproveitei o melhor possível as horas até ao voo seguinte.

A ida para o Centro do Dubai é muito fácil, uma vez que é possível apanhar um metro no aeroporto direto até ao Dubai Mall (que fica mesmo ao lado da Torre Burj Khalifa).

Ainda não eram bem 10 horas da manhã quando cheguei ao Dubai Mall e uma vez que tinha muito tempo, pensei que era uma boa ideia conhecer as redondezas, então saí do Centro Comercial mas assim que passei pelas portas fui confrontada com um calor como não me lembro de ter sentido até aquele momento, fiquei imediatamente a suar, true story!

Fiquei cerca de 1 hora e pouco a conhecer os arredores do Dubai Mall, para depois voltar para o seu interior, onde estava tão fresco que precisei vestir um casaco.

Aproveitei para subir à Burj Khalifa, mas fiquei um pouco desiludida porque a vista não estava limpa, parecia quase um nevoeiro, e apenas consegui ver lá de cima os edifícios mais próximos do ponto onde me encontrava.


Vou confessar duas grandes falhas minhas nesta visita ao Dubai:

A primeira aconteceu logo no metro, porque aparentemente as mulheres têm uma carruagem própria para a viagem, mas como eu não sabia entrei na primeira que vi, resultado? Viajei rodeada apenas de homens mas devo dizer que nenhum me disse nada, e hoje tenho plena noção que a roupa que levei vestida não era adequada para aquele país.

A segunda aconteceu quando comecei a ficar com fome, porque ainda não tinha tomado o pequeno-almoço, e não percebia porque os cafés estavam todos fechados, acabei por encontrar uma espécie de supermercado aberto (dentro do Dubai Mall) onde aproveitei para comprar alguma coisa para comer, e sentei-me num sofá próximo a umas escadas rolantes. Notei que olhavam muito para mim mas ninguém me veio dizer absolutamente nada...O que se passou foi que estavam em pleno Ramadão e apenas era permitido comer no local próprio e no horário das refeições, acabei por encontrar esse local mais tarde e foi nessa altura que percebi a falha enorme que tinha cometido.

Infelizmente não consegui ver o Show das Águas Dançantes que acontece todos os dias, no final do dia, em frente ao Dubai Mall...mas fica para outra oportunidade, porque embora os Emirados Árabes Unidos não estejam no meu top de países, sei que apenas conheci um pequeno fragmento do Dubai e há muito mais para conhecer.


Cheguei a Bangkok no dia seguinte de manhã e fui direta para o Hostel que tinha reservado, a localização podia ser melhor, era longe da rua mais conhecida e movimentada de Bangkok (a Khaosan Road), e do Grande Palácio mas por outro lado era próximo do rio Chao Phraya e da zona onde apanhei os barcos a custo muito reduzido 😁, aparentemente não era a zona mais segura da cidade mas confesso que não me senti insegura em nenhum momento.

Deixei a bagagem no Hostel, mudei de roupa (porque andava há 2 dias com a mesma), e saí para começar a explorar a cidade, fiz uma pequena paragem numa espécie de café para tomar o pequeno-almoço, onde consegui beber um café com "leite" (na realidade era um liquido parecido com o leite condensado) e comi uns noodles porque não havia mais nada e estava cheia de fome, no fim soube-me muiiiito bem!

Bangkok foi o meu primeiro contacto com a Ásia, e mesmo sendo uma cidade muito turística, é totalmente diferente de tudo o que conhecia, e foi a partir daí que começou a minha paixão pelos países Asiáticos.

Infelizmente não mantive um diário das minhas viagens anteriores, algo que daqui para a frente quero fazer, então acabo por não me recordar completamente da ordem das visitas nem de tudo o que fiz, e muito menos dos preços...mas ainda assim vou tentar ser o mais fiel possível à minha passagem pela Tailândia.

Tomei a decisão de reservar antecipadamente todos os tours, porque queria visitar tantas coisas e tive receio de não conseguir fazer tudo o que queria sem ser dessa forma, estava errada claro, é possível fazer visitas por nossa conta, é até relativamente fácil encontrar mais viajantes para dividir um tuk tuk ou até um táxi para ir para determinado local, e querendo recorrer a tours turísticos é perfeitamente possível contratá-los apenas no local, às vezes até de um dia para o outro, mas a minha inexperiência levou-me a reservar praticamente tudo antecipadamente, correu tudo bem mas assim perde-se a flexibilidade que em viagem é uma vantagem ter.

Não tinha nada reservado para o primeiro e segundo dias por isso fiz aquilo que mais gosto de fazer, explorei a cidade por conta própria, maioritariamente a pé e de barco.


No primeiro dia aproveitei para passear pelo Parque Lumpini, que é grande e muito verde, achei bastante agradável, mas apanhei um susto enorme quando de repente vejo a surgir à minha frente um lagarto gigante, como eu nunca tinha visto, com uma língua como as cobras, que me fez lembrar o dragão de Komodo mas não era claro, mesmo com o susto consegui tirar uma fotografia para mais tarde recordar 🤣.


Uma das primeiras coisas que queria fazer em Bangkok era andar de barco no rio Chao Phraya, não um barco turístico mas sim um barco daqueles que os locais usam para se deslocarem de uma zona da cidade para outra, e circulam imensos barcos naquele rio todos os dias, é uma forma fácil e barata de chegar ao outro lado da cidade, como por exemplo à Khaosan Road, que foi o meu destino nessa primeira travessia.


A rua mais conhecida de Bangkok tem de tudo um pouco, pensem em algo, qualquer coisa, que certamente nessa rua vão encontrar, é um must see sem dúvida alguma, mas se de dia é interessante para conhecer, de noite é imperdível porque é quando ganha vida e muito mais cor, mas claro que a grande maioria das pessoas que circulam nessa rua são turistas.


No segundo dia, logo cedo, saí para apanhar o barco e ir visitar o Grande Palácio, onde para entrar é preciso cobrir os ombros e as pernas...infelizmente eu não sabia disso e acabei por ter que vestir uma camisa, que existem à entrada para pessoas que como eu não vão preparadas, a minha figura era um pouco cómica mas a visita valeu bem a pena, fiquei encantada com tudo, a arquitetura é tão diferente da nossa, a quantidade de estátuas de Budas é impressionante, a quantidade de cores e os detalhes que utilizam, era tudo novidade para mim.

Nessa visita ao Grande Palácio fui abordada por duas jovens estudantes que queriam praticar inglês, e que tinham um pequeno questionário para fazer a quem aceitasse, eu não tinha pressa nenhuma e aceitei, no fim foi uma experiência diferente e ofereceram-me uma espécie de ambientador, tipo aqueles que se penduram nos armários mas muito bonito e delicado, gostei muito daquele gesto.

Junto do Grande Palácio encontra-se o Templo do Grande Buda Reclinado (Wat Pho), sendo que o que mais me chamou a atenção foram os pormenores dos pés do Buda.


Sem querer acabei por descobrir o Templo Golden Mount, digo sem querer porque não tinha visto nada sobre esse templo nas minhas pesquisas (não sei como), mas afinal vale muito a pena a visita, é um templo diferente, muito bonito, com muitos sinos, erguido num monte e que tem uma vista esplêndida da cidade.


No terceiro dia, 8 de Julho, tinha reservado um tour para ir ao Damnoen Saduak Floating Market e o rio Kwai, também poderia visitar o templo dos tigres nesse tour mas escolhi não o fazer, uma vez que não tinha nenhuma dúvida quanto ao tratamento que dão a esses animais para que os turistas os possam ver e tirar fotografias com eles.

O Mercado Flutuante ainda fica longe de Bangkok, na província de Ratchaburi, é sem dúvida uma visita que não podia perder, embora esteja sobrelotado com turistas, o que na minha humilde opinião acaba por "estragar" um pouco a experiência, mas ainda assim não é todos os dias que podemos fazer compras dentro de um barco a remo.


Na segunda parte do tour fomos conhecer a ponte sobre o rio Kwai e o Cemitério de Guerra de Kanchanaburi, ou seja, fomos conhecer um pouco da história triste sobre a construção dos caminhos de ferro entre a Tailândia e o Myanmar, conhecidos como os caminhos de ferro da morte.


No dia 9 de Julho voei para o Norte da Tailândia, para Chiang Mai, mas irei contar tudo sobre isso na publicação seguinte 😉.

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