Ao chegar a Bali o meu primeiro destino foi Ubud, que se situa no centro da ilha, sendo que à falta de transportes públicos vi-me obrigada a apanhar um táxi, o que queria evitar mas lá teve que ser.
Tinha muitas expectativas sobre Ubud e devo confessar que não me desiludiu.
Embora tenha muitos turistas, não há como fugir a isso, tem uma simplicidade e uma beleza que me cativaram.
Adorei passear por aquelas ruas, que ainda por cima estavam enfeitadas devido a uma celebração (da qual não me recordo o nome 🤦♀️), percebe-se que é um local muito zen, com boa energia e onde pude apreciar boa comida vegetariana e beber uns deliciosos sumos de frutas exóticas 🤤.
O Hostel onde fiquei tem vários serviços, entre os quais reservar tours, que foi uma das primeiras coisas que fiz, já que tinha pesquisado sobre um tour para subir o Monte Batur ao nascer do sol.
O tour começou muito cedo, ainda de noite claro, parámos num pequeno local para tomar o pequeno almoço, umas panquecas de banana e café com leite, que me soube imensamente bem, e seguimos para o nosso trekking.
A minha preparação física não era das melhores e foi com alguma dificuldade que cheguei ao cimo do Monte Batur, mas uma vez lá em cima somos brindados com o nascer do sol envolto em nevoeiro, e com a companhia dos macacos, é naquele momento que passa todo o cansaço e ficamos apenas a absorver aquela paisagem e aquelas boas sensações.
Estando em Ubud naturalmente fui visitar a Floresta Sagrada dos Macacos, que é um espaço bastante agradável, onde devemos andar sempre alerta 😅, e onde tive alguns encontros imediatos com uns macaquinhos mais curiosos, tendo ainda feito uma selfie com um deles mas sem lhe ter dado comida, algo que é comum fazerem para que seja possível a tal foto.
Entretanto acabei por reservar um novo tour, desta vez para ir visitar alguns templos e arrozais.
É claro que é algo que se pode fazer de forma independente, contudo por falta de transportes públicos as opções são alugar uma scooter (algo que eu nunca havia experimentado fazer), ou pagar táxi...sendo que afinal existia outra opção mas que eu desconhecia na altura.
Nesse tour fomos visitar o Gunung Kawi, um templo hindu com santuários esculpidos na rocha, e devo acrescentar que é muito amplo e maravilhoso!
Visitámos também o Pura Tirtha Empul, onde existe um ritual de banho que estava a acontecer no momento da nossa visita, estando com imensas pessoas dentro e fora de água.
De regresso passámos pelos Terraços de arroz de Tegalalang, que são os mais conhecidos na zona, contudo a meteorologia estava contra nós, o céu encheu-se de nuvens e começou a chover...o que acabou por não permitir aproveitar a vista ao máximo🤷♀️.
Uma das coisas curiosas de viajar é que quando encontramos algum português é uma festa, no Hostel onde fiquei cruzei-me com 3 portugueses, e obviamente que tivemos que combinar uma aventura 😆, à qual se juntaram mais 2 alemães que também conhecemos no Hostel.
Alugámos umas scooters e decidimos ir subir o vulcão Agung, que estava a expelir fumo na altura e cuja zona circundante havia sido evacuada...nunca disse que tinha sido uma boa ideia, na realidade foi uma loucura que podia ter corrido muito mal mas que felizmente correu bem.
Para começar bem o dia caí da scooter logo no caminho para o vulcão, nada de grave, foi uma escorregadela pelo alcatrão que estava molhado, coisa de principiante óbvio, mas nada partido então siga caminho 😅.
Mal comecei a subir o vulcão e já estava cansada mas não podia dar parte fraca, ainda por cima sendo a única rapariga do grupo 💪🏻.
Continuámos a subir e estava a correr tudo bem mas de repente começou a chover, ponderámos voltar para trás mas a vontade de subir era maior por isso continuámos.
Passado um tempo continuava a chover e o caminho tornava-se agora muito perigoso porque eram pedras, lama e água a correr...com muita pena decidimos desistir de subir ao topo do vulcão, ficámos sensivelmente a meio, o que já não foi mau.
De regresso parámos num pequeno "restaurante" familiar, que não era mais que uma garagem onde preparavam alguma comida, o que acabou por ser o final perfeito para a nossa aventura.
Em Ubud ainda tive a oportunidade de visitar algumas cascatas (que não me recordo os nomes), com mais 2 viajantes que conheci no Hostel, sendo que acabei por ter mais um pequenino acidente com a scooter 😅, sobre as cascatas posso afirmar que existem várias e que todas as que conseguirem encontrar merecem uma visita.
Embora eu não seja grande condutora de scooter, confesso que é das melhores formas de locomoção em Bali, permitindo conhecer tudo o que queremos de forma independente, e cá para nós dá-nos aquela sensação boa de liberdade, de apenas montar na scooter e lá vamos nós 😄.
Existe um caminho em Ubud, o Campuhan Ridge Walk, muito fácil de encontrar e que é delicioso de percorrer, tem vistas maravilhosas e até tem um baloiço para quem pretende aquela fotografia típica de viagem.
Depois de 3 semanas no Sri Lanka e de 2 acidentes de scooter em Ubud, achei que devia mimar-me um pouco e optei por fazer uma massagem balinesa, e foi a melhor decisão que tomei, a pressão utilizada foi perfeita e foi muito relaxante, fiquei fã 😊.
Entretanto chegou a altura de ir para o sul, para as praias, tinha combinado encontrar-me em Jimbaran com uma rapariga que conheci no Sri Lanka, uma vez que ela também iria estar em Bali.
Fiquei a conhecer uma App, acho que se chama Grab ou algo assim, que funciona bem em Bali e é uma espécie de Uber mas podemos pagar na chegada ao destino e em dinheiro vivo, foi dessa forma que me desloquei de Ubud até Jimbaran, sendo que o veículo mais em conta era a scooter e eu fui à pendura claro, foi uma experiência diferente.
O Hostel onde ficámos era ótimo, o dono é Holandês mas vive em Bali, tendo constituído lá família, são todos muito simpáticos e atenciosos, sendo que além de nos alugar scooters ainda nos deu uma aula gratuita para não termos imprevistos, uma vez que o trânsito naquela zona da ilha é bem mais intenso, e já vos disse que em Bali conduzem à esquerda?
Pois é meus amigos, e andar de scooter em Bali significa passar por qualquer espacinho que exista no trânsito, inclusive por cima dos passeios, o que por si só já é uma aventura.
Foram dias tranquilos, de passeios para conhecer as várias praias, umas mais bonitas que outras, sendo que a minha praia preferida é a Green Bowl Beach, uma praia pequenina muito utilizada por surfistas, rodeada de verde e acessível através de vários degraus, que confesso que para subir não tem a mesma piada eheheh.
Aproveitei para ir visitar o Pura Tanah Lot, muito conhecido e sempre cheio de turistas, mas para mim foi um pouco dececionante devido às expectativas que tinha, a zona à volta é bonita e agradável para passear mas o Templo em si é pequenino e nem sempre é possível visitar, uma vez que se localiza em cima de uma rocha no mar.
Outro templo imperdível é o Pura Luhur Uluwatu, onde somos acompanhados por macacos que gostam de roubar o que conseguem, a minha companheira de viagem ia ficando sem os óculos de sol mas o macaco acabou por devolve-los.
Em Bali existem várias praias que possibilitam a prática de desportos aquáticos, uns mais radicais que outros, sendo que eu sempre quis andar de jet-ski, pelo que fomos até Nusa Dua onde aproveitei para concretizar esse desejo.
Lamentavelmente não fiquei com nenhum registo dessa experiência, por falta de equipamento adequado mas também por falta de lembrança...muitas vezes quando quero aproveitar um momento ao máximo esqueço-me de tirar fotografias ou fazer vídeos.
Gostei imenso da experiência, primeiro fui à pendura para aprender como conduzir o jet-ski mas depois fui eu a conduzir sozinha, é uma sensação tão boa de adrenalina e liberdade, que aconselho a todos a experimentar.
Vou-vos confessar uma delícia bombástica de Bali, que apenas é possível encontrar em alguns spots na rua e quando o sol se começa a pôr.
Trata-se de uma massa que é cozinhada numa frigideira, e que fica alta e fofa, sendo que leva muita manteiga, queijo ralado, leite condensado e chocolate...é uma bomba calórica mas é de lamber os dedos acreditem 😋.
Optámos por deixar Bali por 3 noites para irmos conhecer as ilhas Nusa Penida e Nusa Ceningan.
Explorámos essas pequenas ilhas de scooter também, e foi onde tive o meu 3° acidente, este mais aparatoso...onde sai da estrada e fui parar a uma plantação, e foi preciso a ajuda de vários homens que assistiram à minha humilhação para colocar a scooter de volta à estrada...por sorte só fiquei com arranhões e com a certeza que eu e as scooters não somos de facto as melhores amigas 😅.
E sim contaram bem, consegui ter 3 acidentes de scooter em apenas... wait for it... 17 dias 😵😅.
Em Nusa Penida existe um local chamado Broken Beach, com acessos péssimos mas muito visitado pelos turistas, não posso afirmar que seja o local mais espetacular que vão ver mas ainda assim merece uma visita.
Aproveitámos para fazer um tour para nadar com as Mantas, sendo que infelizmente as Mantas não apareceram... por ser em mar aberto essa era uma possibilidade que nos foi logo mencionada, mas salvou-se o snorkeling que nos levou a ver enormes estátuas debaixo de água, nunca antes tinha visto nada do género, e também vários corais e peixinhos.
Nusa Penida é uma ilha pequena (sendo que Nusa Ceningan é ainda mais pequenina), com poucos pontos de interesse turístico para visitar, mas ainda assim dá para passear bastante de scooter e ir descobrir alguns recantos bem bonitos.
De Bali fiquei com recordações muito queridas, embora confesse que não fiquei impressionada com todas as praias mas admito que são bastante agradáveis, e prometi regressar a Ubud um dia, porque aí sim, soube a pouco o tempo que lá passei.
Entretanto a viagem não pára e vamos lá até Kuala Lumpur 😊.
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